terça-feira, 14 de setembro de 2010
Poema - Inconstâncias
Inconstâncias
Onde estão tuas mãos?
Nesta noite seca elas não desceram
Para acalmar-me da loucura do mundo
Abro a janela
Há tiros e inconstâncias nas ruas
Ficamos sós.
Em noites silenciosas teu corpo nu me marcou
Como o galopar de um animal selvagem
Escuta
Há tiros e inconstâncias nas ruas
Hoje não tenho tua pele na minha
Nem literatura nem poesia
Tenho carros e discussões absurdas nas ruas
Não, não nos entendemos
Ninguém se compreende no tumulto
Fiquei só.
Em noites silenciosas teus seios e tuas pernas
Adentraram sussurrando em meu corpo
Nota
O mundo não tem calma nem cama
Para silenciar-se ou gozar
É apenas tumulto
Que nos confunde e funde na incompreensão
Das mãos
Não sejamos como o mundo
Nesta noite ficamos sós. Distantes.
Ouvindo as inconstâncias das ruas
Sem silêncio nem gozo.
Alex Zigar
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Intenso! Belo! Sem mais delongas!
ResponderExcluirAbçs!
Gostei também!
ResponderExcluirClaro e sensível.
bjs
Beijos para esta jovem poeta!
ResponderExcluirObrigada pela visita.
ERRATA:
ResponderExcluirBeijos para o jovem poeta!
Franck, agradeço mais uma vez o carinho. Intenso é sua presença por aqui. Ela sempre melhora a apreça deste blog.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Tatiane, obrigado pelo elogio. Seu comentário é um presente extremamente agradável para este blog.
ResponderExcluirAbraços.
Zazá, seja bem-vinda a este espaço estranho da minha literatura. Sou eu quem agradece o apoio. É um prazer recebê-la. Obrigado mais uma vez.
ResponderExcluirGrande abraço.
Parabéns pelo poema. Realmente como já disseram, muito intenso. Adorei :)
ResponderExcluirMarina, agradeço sua bondade e gentileza. E parabéns pelo seu blog, ele segue com força total. Adorei a visita e o comentário.
ResponderExcluirAbraços.
Alex, bela surpresa seu blog! Este poema vai ao encontro dos meus sentimentos hoje: vida tumultuada e incompreensões. Fiquei emocionada...
ResponderExcluirAh, obrigada pela visita!
Ana, seja bem-vinda a Letra Destoante. É um prazer receber sua visita.
ResponderExcluirCreio que quase todos nós temos uma vida tumultuada e repleta de incompreensões, infelizmente.
Obrigado pelo carinho.
Um abraço.
Posso dizer, "que lirismo erótico"?
ResponderExcluir... "naõ sejamos como o mundo", eis a palavra-chave do seu poema.
Abraços,
Gostei muito da antepenúltima estrofe. Bem boa.
ResponderExcluirAlex, quanto tempo.
ResponderExcluirÉ realmente isso... o tempo esta nos afastando, mas ainda me lembro muito de ti e com carinho.
Amei a "cara nova" do blog. E amei este poema, realmente intenso e me lembrou em algo o filme da qual ja comentamos "O Leitor".
Realmente amei, vc tem mais do que talento.
Beijos amigo.
Richard, muito boa sua observação. Realmente o poema é consagrado ao erótico e as relações humanas. Obrigado pelo comentário preciso.
ResponderExcluirGrande abraço.
Caio, seja bem-vindo as incorretas Letras. Será uma honra contar com sua presença neste espaço. E, sem dúvida, você tem um bom gosto. Agradeço a participação.
ResponderExcluirAbraço.
Fiquei surpreso e feliz em revê-la por aqui, Karen. Achei que havia esquecido o endereço (brincadeira). Fico contente pela visita e pelo bondoso comentário. Realmente as relações das pessoas estão cada vez mais complicadas. E fazê-las pensar a respeito disso é gratificante.
ResponderExcluirE agradeço também por notar a mudança do blog e ter gostado. Foi imensamente trabalhoso deixá-lo assim.
Espero que não suma novamente.
Agradeço mais uma vez o carinho e a visita surpresa.
Um forte abraço.
Alex gostei de visitar o seu espaço e também do poema. voltarei para o ler de novo. curioso que ainda há dias escolhi este mesmo quadro de Toulouse Lautrec para ilustrar os versos no blog em que participo.
ResponderExcluirAbraço
José, seja bem-vindo a Letra Destoante. Obrigado pelo comentário gentil. Realmente foi uma grande coincidência postarmos quase ao mesmo tempo este quadro de Lautrec, aliás uma belíssima pintura.
ResponderExcluirUm forte abraço.