quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Poema - Se eu permitisse que o amor escorresse da minha alma?
Se eu permitisse que o amor escorresse da minha alma?
E se eu permitisse que o amor escorresse da minha alma
O que restaria de mim
Desta matéria da qual sou composto
Carne e osso?
Poderia algum dia juntar-me aos homens
Compartilhar do mesmo alimento
Sentar-me a mesa da Santa Ceia
Sem, contudo ficar constrangido?
E quando beijar-lhe a face
Não seria o beijo de um traidor?
Mas o amor não está suspenso dos homens?
Não é senão coisa abstrata, mentira escarrada?
Tenho aprendido com os homens
A não fazer guerras e nem religião
Tenho aprendido a viver pouco
Tenho aprendido a ter piedade e compaixão
Para não construir bombas nucleares
E varrer a Terra de vez
É preciso se desesperar com os homens
E indagar ao final da madrugada
No amplo silêncio do infinito
Sobre se eu permitisse
Que o amor escorresse da minha alma?
Alex Zigar
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Vamos nos permitir?
ResponderExcluirAbçs!
Lindo poema! Ah, to sentindo falta dos seus comentários no meu blog... Hehe... Abs!
ResponderExcluirE ele escorre?
ResponderExcluirNão, não podemos permitir apesar da linha tênue que separa amor e ódio. Obrigado pela participação, Franck.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Obrigado pelo elogio, Guto. E sempre estou visitando seu blog e quando posso comento com muito prazer. Mais uma vez agradeço o elogio.
ResponderExcluirAbraços.
Vanessa, seja bem-vinda a Letra Destoante. Obrigado pelo comentário oportuno. É um prazer receber alguém tão inteligente por aqui. Em relação a sua pergunta a resposta é sim. O amor escorre da alma dos homens a todo o momento, a toda hora e essa falta resulta no ódio e na violência. Mais uma vez obrigado.
ResponderExcluirForte abraço.
lindo quadro!
ResponderExcluirdesculpa por nao comentar nada aqui com frequencia, ando na maior correria.
se vc tiver orkut, me passa seu link, coloquei varias fotos e videos do show do lacrimosa em meu orkut.
gostei demais da ultima estrofe.
ResponderExcluiré desesperador só de imaginar a imagem hehe
Gostei muito da ideia de "amor" que o texto carrega. Diferente. Muito boa sua poesia.
ResponderExcluirLúcia, seja bem-vinda as Letras Desarmônicas. Obrigado pelo gentil comentário. E fique a vontade por aqui.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Gostei de tudo.
ResponderExcluirDo começo ao fim ...
Que escorra !
Bjo.
Amigo, passei para acompanhar os poemas e novidades e dizer que sinto saudades.
ResponderExcluirbeijos
Malu, obrigado pelo carinho. Seja bem-vinda as letras destoantes.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirKaren, é um prazer revê-la por aqui. Obrigado pelo carinho e pela visita. Apareça mais vezes.
ResponderExcluirGrande abraço.
Receio que na alma do poeta
ResponderExcluiro amor não encontre brecha
de lá ele não escorre
no máximo, inunda...
Gosto dos girassóis! E de Van Gogh!
Compartilhamos o mesmo gosto por esse gênio da pintura, Aline. Muito dos rascunhos aqui são iluminados pelos quadros dele. Fico contente em conhecer alguém com bom gosto. Mais uma vez agradeço o carinho.
ResponderExcluirAbraços.