sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Tempo, Café e Assassinos
Tempo, Café e Assassinos
Enquanto mofo no silêncio
O mofo alarga sobre meus ossos
Um gole de café
Enquanto pessoas morrem
Um tiro no escuro
O tempo avança veloz
Na noite veloz
Sem voz
Enquanto ouço mudo o vento Uivar!
Enquanto busco uma mão no vazio
O mundo desaba
Toda forma de poder não leva a nada
E há um assassino cruzando a estrada
Enquanto escrevo poemas sobre o nada
Um gole de café
Enquanto envelheço tão rápido
Veloz é a noite que me devora!
Enquanto minto
Há um assassino cruzando a estrada
Bonito é o espetáculo na tevê
Enquanto mofo no silêncio
Alguém bate à porta
Pedindo esmola
Não sei seu nome nem sua origem
Um gole de café
Enquanto um assassino cruza a estrada
E o tempo passa delirante
Sob meus olhos vencidos!
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA poesia passa uma sensação de vazio, como se uma pessoa estivesse perdida. Eu me sinto assim. Perdida.
ResponderExcluirbeijos.
Kívia, realmente é um poema sobre o vazio, sobre estar perdido. Extremamente pessimista e amargo. Difícil. Mas necessário. Urgente. Oh, sim tão urgente. Talvez este seja o século mais vazio de todos, ou todos são vazios? Infelizmente o poema não tem qualquer poder de salvação, mas apenas de identificação, de purificação. Obrigado pelo comentário.
ResponderExcluirUm forte abraço.
Primeiro desculpa por ivedir assim, mas estamos aqui pra isso.
ResponderExcluirEste acredito que seja o maior caos O vazio.
Esta ai chamamos mesmo este seculo de O SECULO DO VAZIO.
PARABENS E ABRAÇO
Obrigado, Olhar Revestrés. Seja bem-vindo. Fique à vontade para comentar. Creio também que vivemos num turbilhão, num caos enorme. Mais uma vez, obrigado.
ResponderExcluirAbraços.
Ah, o tempo...
ResponderExcluirGuilherme, seja bem-vindo as palavras destoantes, aos meus poemas sujos. Parabéns pelo blog. Há muita coisa boa por lá. Em relação ao “tempo”, ele é o senhor de todos nós. Bem sabia os antigos gregos: Cronos, aquele que devora seus filhos.
ResponderExcluirUm abraço.
Alex, profundo e forte, como o título.
ResponderExcluirFeliz 2011 !!!
Abs
Obrigado, Gilson. Que os próximos anos sejam melhores para todos. Feliz 2011!
ResponderExcluirForte abraço.
Oi Alex, uma vez vc comentou no meu blog "Biblioteca de Babel". Estou passando aqui parar dizer que abandonei aquele e criei um blog mais com a minha cara, para escrever textos próprios. Depois você passa lá, o endereço é http://escriturasdeprazer.blogspot.com/ Abraços!
ResponderExcluirCarolina, obrigado pelo convite. Já o visitei. Parabéns pela nova roupagem.
ResponderExcluirAbraços
Alex,
ResponderExcluirFoi bom te encontrar em 2009 nesta grande rede.
Desejo que em 2011 você continue a ser este ser sensível, amigo, sincero.
Paz, amor, luz!
Beijo.
Lígia, obrigado por estas palavras gentis. Também fico contente em fazer parte desta rede de blogs, principalmente os relacionados com a cultura, como o seu: “Nós todos lemos”. Desejo um ótimo ano para você e para todos os leitores destoantes.
ResponderExcluirUm forte abraço.