[Imagem Ana Cotta]
Brasil das árvores vermelhas
De homens vermelhos
Dos bosques queimados
Brasil país gêmeo
Da terra árida das águas pluviais
Brasil terras dos mares
Berço da mão do Atlântico
Que repousa em teu colo branco
Pátria dos párias
Abrigo do Amazonas
Brasil solo de brasa
Chão coberto de cerração branda
Fecundações de plantas
Nação portugalense
De filhos estrangeiros
Brasil de nome saudade
Das línguas múltiplas dos subúrbios
Da palavra rejeitada da cidade
Terra Santa
Batizada com o sangue dos tupis
Brasil dos navios negreiros
Da bandeira verde selvagem
Do quilombo dos palmares
Mãe dos pinheiros austrais
Do cerrado ocupado
Brasil das embocaduras dos rios
Da selva inundada por águas
Por machados bravos feito de brasas
Brasil da vermelhidão
Dos homens avermelhados
E do cheiro da madeira vermelha
Alex Zigar
Brasil das árvores vermelhas
De homens vermelhos
Dos bosques queimados
Brasil país gêmeo
Da terra árida das águas pluviais
Brasil terras dos mares
Berço da mão do Atlântico
Que repousa em teu colo branco
Pátria dos párias
Abrigo do Amazonas
Brasil solo de brasa
Chão coberto de cerração branda
Fecundações de plantas
Nação portugalense
De filhos estrangeiros
Brasil de nome saudade
Das línguas múltiplas dos subúrbios
Da palavra rejeitada da cidade
Terra Santa
Batizada com o sangue dos tupis
Brasil dos navios negreiros
Da bandeira verde selvagem
Do quilombo dos palmares
Mãe dos pinheiros austrais
Do cerrado ocupado
Brasil das embocaduras dos rios
Da selva inundada por águas
Por machados bravos feito de brasas
Brasil da vermelhidão
Dos homens avermelhados
E do cheiro da madeira vermelha
Alex Zigar
Olá, caro Alex.
ResponderExcluirBelo poema.
É quase uma diacronia da Terra Brasilis. Um poema "neo-épico" de nossos "feitos" ou de outrem através dos tempos.
São os nossos mais de quinhentos anos de exploração e imperialismo por parte de interesses maiores e suas balanças comerciais favoráveis e sua falsa globalização.
Resultado: esta república das bananas que é hoje tão bela imponente e influente mais ainda precisa de muitos superávits, royalties e bolsas-merreca para chegar onde quer chegar.
Mas um dia ainda havemos de reverter este quadro que aos poucos muda (mas muito lentamente.)
Quando li vosso texto só me veio isso à cabeça. É como uma linha do tempo de nossa nação tão vasta e diversificada que tem tudo para dar certo e mesmo assim não o faz.
Belas verdades, caro poeta.
Até mais ver!
Mais uma vez obrigado pelo comentário certeiro e lúcido, João.
ResponderExcluirRepública de Banana! Excelente definição para o Brasil! Realmente a nossa nação é o eterno país do futuro.
Abraços!
, e todavia, de ótimos poetas com um pouco de barro nas mãos e na cabeça pra moldar palavras.
ResponderExcluirParabéns,
Richard, mais uma vez obrigado pelo comentário e pelo elogio, que sinceramente não o mereço.
ResponderExcluirMais uma vez agradeço a visita!Obrigado!
Abraços!