Paulo Leminski – Sobre a poesia.
Surgiste como a Vênus
No céu azul cobalto
Sobre o mundo de ruínas
Surgiste como o sol
Surge numa manhã
Gélida e esquecida
Surgiste pura
Bela como a semente
Que germina na terra
Tu surgiste
Da noite ou do dia
Clara ou escura
Atravessou madrugadas azuis
Para pousar suavemente
No meu paladar
A tua procura
Caminhei solitário
Entre selvas densas
E vilas desabitadas
E tu surgiste
Ó poesia
Em longos ramos
Em profundas raízes
Num acorde mudo
De palavras
Alex Zigar
Leminski e Alex ao começar a tarde é muito bom... Deixo-te um poeminha de Leminski tbém:
ResponderExcluir"Vazio agudo/ando meio/cheio de tudo"...
Abçs!
Obrigado mais uma vez, Franck!Valeu o poeminha( poeminha que contém muito)!
ResponderExcluirAbraços!
momentos quando a poesia acontece e vem rasgando dentro da gente, escorrendo até chegar no papel,
ResponderExcluirparece que lá dentro, o coração alivia...
o quanto são profundas, as raízes, não é mesmo?
deixo meu carinho!
Obrigado por este carinho, Ângela!É muito importante para este blog os comentários dos leitores, afinal, são vocês que fazem este espaço acontecer.
ResponderExcluirEm relação a poesia acredito que seja algo inerente ao ser humano. Afinal, não só de pão viverá o homem... Ela é o grau máximo de beleza encontrada numa obra de arte. A poesia, portanto, está em tudo.
Mais uma vez agradeço a participação e o carinho!
Abraços!
Por onde vc e sua poesia?
ResponderExcluirAbçs!