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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Distante

[A carta de amor (1670) - Vermeer]


Distante



Esta distância das mãos e das bocas
Provoca-nos

Manda-me para o limbo
Distancia dos desejos
E causa-me gastrite crônica

Esta distância das mãos e das bocas

Faz-me um bêbado
Sem rumo ou origem
Faz-me um fumante
Precário e doente

Esta distância
Quanto mal nos causa?

Resfriados, náuseas,
Aumento da pressão,
E loucuras momentâneas.

Oh!Realmente somos loucos
Tão loucos que continuamos com esta distância prejudicial.

8 comentários:

  1. A distância que resulta em sintoma no corpo.

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  2. Obrigado pelo comentário conciso e certeiro, Vanessa.
    Afinal quem nunca sofreu com tais distâncias?

    Abraços.

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  3. Uau! Perfeito retrato do mal que a distância nos causa.
    BeijO*

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  4. Demorei um pouco para poder retribuir a visita. Ótimos poesias, me lembra um Hamlet moderno.

    beijos

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  5. Realmente, Amélie. Ficar longe de quem amamos é uma verdadeira chateação. Obrigado pela visita.

    Grande abraço.

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  6. Oh! Quanta honra ser comparado com Hamlet! Acho que apenas rabisco, brincando de escrever. Obrigado pela visita, Kívia.

    Abraços.

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  7. O Tempo é curto e a distancia é longa,
    deveria ser ao contrario... !

    Um abraço , Meu velho !

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  8. Obrigado pela visita, Moisés. Realmente deveria ser ao contrário.

    Grande abraço.

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